A
teologia denomina “parusia” a volta gloriosa do Cristo no final dos tempos. A
“parusia” significa a consumação do mundo, o retorno ao Paraíso.
O momento em que Jesus Glorioso virá
pela segunda vez pode se dar a qualquer momento, mas, esse dia é um segredo que
nem a Jesus, enquanto homem, foi revelado. Portanto, se nem Jesus revelou, não
há ninguém que possa profetizar esse dia com segurança. Qualquer um que esteja
dizendo “é chegada a hora” está usurpando de um poder que não possui.
Precisamos ficar atentos aos sinais dos tempos, mas, nenhum de nós pode saber o
tempo exato de duração que simboliza cada sinal.
No Credo professamos assim: “Donde há de vir a
julgar os vivos e os mortos”. Fundamentalmente o Filho vem sempre do Pai, esta
é a sua natureza. Ele vem como a Palavra, a Expressão, a onipotência do amor do
Pai. Esse “Donde”, não indica um lugar, mas um estado de pleno poder, que não
sofre diminuição, da origem do Pai. Isso quer dizer que ele nos conhece
profundamente e agirá como aquele que experimentou toda nossa culpabilidade. É
participante do poder do Pai, do qual procede.
Por isso ele vem julgar, ou melhor, dividir o sim do
não, decidir entre direita e esquerda. Um texto que representa esse julgamento
está em Mateus 25. O julgamento serve para abrir caminho para o eterno, para
nos colocar diante da Verdade. Todos nós estaremos perante este juízo, exceto a
Mãe do Salvador, na qual nada há para ser julgado. Como o Senhor julgará,
nenhum de nós pode dizer, pois só uma coisa foi-nos dita: “Eu tinha fome e me
destes (ou não me destes) de comer”. Mostramos misericórdia ou só amamos a nós
próprios? Onde nos situaremos, à direita ou à esquerda?
O que precisamos crer, portanto, é o que nos diz o
Catecismo, quando afirma que Cristo é o Senhor da Vida Eterna e o pleno direito
de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence a ele
enquanto Redentor do mundo. Ele adquire este direito na Cruz. Entretanto, ele
veio para salvar e dar a Vida e não julgar e condenar.” É pela recusa da graça
nesta vida que cada um já se julga a si mesmo, recebe de acordo com suas obras
e pode até condenar-se para a eternidade ao recusar o Espírito de amor.