Creio na comunhão dos Santos
Irmãos, o artigo desta edição
completa, sem dúvida nenhuma, o artigo anterior “Creio (na) Igreja Católica”,
pois a Igreja é a Comunhão dos Santos. A expressão designa, em primeiro lugar,
as “coisas santas”, sobretudo a Eucaristia, em redor da qual a Igreja se reúne
para sua salvação e para a sua missão católica. Mas precisamente por isso, a
consequência imediata foi a passagem para a “comunidade das pessoas santas”. A
partir daí, lançamos um olhar sobre o mistério insondável: “porque Jesus
“morreu por todos”, ninguém pode doravante viver e morrer para si só” (2Cor 5,14s); mas numa renúncia de cada
um a si mesmo por amor, o que há de bom pertence a todos. Daí resulta um
intercâmbio entre todos os membros do corpo eclesial de Cristo.
Que nos garante tudo
isso é o batismo. Vemos na escritura que “desde já somos filhos de Deus, mas
nem sequer se manifestou o que seremos!” (1Jo
3,2a). Isso significa que o Batismo não é uma experiência isolada e momentânea,
mas ela se projeta para a vida toda do batizado, inclusive na vida eterna.
O chamado para
partilhar da comunhão e da amizade com Deus é o fundamento para uma vida de
santidade, sendo o próprio Cristo autor e operador da santidade. Para tanto,
somos, a partir do Batismo, incorporados em Cristo e no seu Corpo, a Igreja:
“De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e, no entanto, apesar de
serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo. Assim acontece
também com Cristo. Pois todos foram batizados num só Espírito para sermos um só
corpo” (1Cor 12,12-13). É exatamente
isto que professamos ao rezar o Creio e dizermos “creio na comunhão dos
santos”.
Comunhão dos santos é a
união de Jesus Cristo, cabeça da Igreja, com todos os seus membros e, por sua
vez, entre esses mesmos membros. Por esta comunhão os méritos de Cristo e de
todos os santos que nos precederam na terra ajudam-nos na missão que o próprio
Senhor nos pede para realizar na Igreja.
Resumindo: essa união
entre os membros do Corpo de Místico de Cristo se dá por uma comunhão de fé, de
preces, da vida sacramental e dos carismas. Essa realidade eclesiológica
ultrapassa o tempo e o espaço, tanto que a morte não interrompe a comunhão existente
entre os seres humanos.
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