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terça-feira, 31 de março de 2015

Creio na ressurreição da carne e na vida eterna

        Todos nós cristãos devemos ter uma fé firme e inabalável na ressurreição. Essa é a condição primordial que nos garante o direito de sermos chamados de cristãos. Isso porque todo o cristianismo foi fundado a partir da certeza de que Cristo ressuscitou e venceu a morte e, a partir disso, nós também ressuscitaremos e viveremos para sempre, já que fomos criados não para uma vida transitória, mas imortal.
            Para crermos e professarmos esta verdade de fé, é preciso saber o que é ressuscitar. Ressuscitar não é apenas voltar à vida, mas ter nosso corpo corruptível transformado e glorificado, sem necessidade de ocupar um lugar no espaço, não vai mais envelhecer, não vai mais morrer. Acontecerá conosco o que aconteceu com Cristo. Dessa maneira, todos nós, em Cristo, ressuscitaremos com nosso próprio corpo, que temos agora. Isso acontecerá definitivamente no “último dia” ou no “fim do mundo” (cf. 1Ts 4,16).
            Além disso, é verdade que, de certa maneira, já ressuscitamos com Cristo, pois, pela ação do Espírito Santo, nossa vida cristã é, já agora na terra, uma participação na morte e ressurreição de Cristo. Devemos essa participação ao batismo que nos torna participantes da vida celeste de Cristo ressuscitado.
            O cristão deve crer também que não fomos apenas criados para viver alguns anos aqui na terra, como transeuntes. Fomos criados para a eternidade. Por isso, a morte não é o fim de nossa vida, nem é ponto de chegada, mas início da nova e definitiva vida. A isso chamamos de vida eterna.
            Para podermos nos encontrar com Deus e ressuscitar com Cristo, é preciso deixar a mansão deste corpo para ir morar junto do Senhor (cf. 2Cor 5,8). Graças a Cristo, a morte cristã tem sentido positivo: é o fim da vida terrena do homem, que foi tempo para o acolhimento ou recusa da graça divina, manifestada em Jesus Cristo. É momento em que nos colocamos diante de Cristo para a felicidade definitiva (céu), mais um período de purificação (purgatório) ou a condenação eterna (inferno).

            Essa consumação, encontro do homem com Cristo, justo juiz da história, será a realização última da unidade do gênero humano, querida por Deus, desde a criação e da qual a Igreja peregrina no mundo é apenas um “sinal” ou “sacramento”. Os que estiverem unidos a Deus formarão a comunidade dos remidos e Deus será tudo em todos, na vida eterna (cf. 1Cor 15,28).

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