Creio (na) Santa Igreja Católica
Conforme nos diz a Constituição Dogmática “Lumen Gentium” sobre a Igreja do
Concílio Vaticano II, é preciso anunciar o Evangelho aos homens e iluminá-los
com a claridade de Cristo que resplandece na face da Igreja (cf. LG 1). Com
isso, vemos que este artigo sobre a Igreja depende dos artigos referentes a
Jesus e, igualmente, depende do artigo anterior que se refere ao Espírito
Santo, pois a Igreja é o lugar onde floresce o Espírito.
Crer que a Igreja é Una, Santa,
Católica e Apostólica é inseparável da fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Dessa forma, seria mais correto professarmos em nosso Credo que cremos em uma
Igreja Santa, dizendo “creio a
Igreja” (em latim: Credo Ecclesiam) e
não “Creio na Igreja” (Credo in
Ecclesiam) como fazemos habitualmente, para não confundirmos Deus com suas
obras e para atribuir claramente à bondade de Deus todos os dons que ele pôs em
sua Igreja. Em outras palavras, reconhecemos, na fé neste Deus, o que Ele se
dignou a fazer por nós.
A Igreja (do grego ekklésia que significa convocação) é o
primeiro dom de Deus. É pressuposto que ela existe e é conhecida; o crente
individual que diz “eu creio”, fá-lo no interior de uma comunidade. É a imagem
o Israel de Deus, povo santo e sacerdotal, cuja a flor mais formosa tornou-se a
Mãe do Salvador; este deu esta mãe aos pés da Cruz como modelo ao seu novo
“Israel de Deus” (cf. Gl 6,19). O
Espírito em Pentecostes termina esta obra e concede aos membros da comunidade a
capacidade de levar a cabo no mundo inteiro a ordem de missão do Filho. A
Igreja, enraizada em Israel, elevada, através da Eucaristia do Filho, à
dignidade de ser corporalmente sua esposa e tornada, pelo Espírito, capaz de
uma resposta condigna, é sem dúvida um produto do Deus Uno e Trino que leva ao
cumprimento a criação.
Por isso, a Igreja é ao mesmo tempo
visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é
uma, formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode
acolher este mistério que a torna Sacramento de Salvação no mundo presente e o
instrumento da comunhão de Deus e dos homens.
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